domingo, 29 de dezembro de 2013

Muffins de maçã e pepitas de chocolate

Mais uma fornada de queques (ou muffins) que saiu na minha cozinha. São muito rápidos a preparar, fáceis, e um excelente lanche portátil!
São como um aromático bolo de maçã e canela, e ainda com umas pequenas surpresas de chocolate (só porque sou muito gulosa).


Muffins de maçã e pepitas de chocolate

Ingredientes:
  • 180gr açúcar amarelo
  • 210gr farinha
  • 2 colheres (chá) fermento em pó
  • 1 pitada de sal
  • 1 dl óleo (usei de girassol)
  • 1,5dl leite
  • 1 colher (chá) aroma de baunilha
  • 2 ovos
  • 2 maçãs reineta em cubinhos (cerca de 2 chávenas)
  • 40gr pepitas chocolate
  • 1 pitada canela
  • açúcar em pó e canela para polvilhar (opcional)
Preparação:

Numa tigela misturar bem o açúcar, a farinha, o fermento, e o sal. Numa outra tigela colocar o óleo, o leite, os ovos e o aroma de baunilha e misturar muito bem até ficar homogéneo. Juntar esta última mistura à mistura de farinha e açúcar, mexendo cuidadosamente apenas até os ingredientes estarem bem misturados. Acrescentar então as maçãs (descascadas e cortadas em cubos pequenos), as pepitas de chocolate e uma pitada de canela, envolvendo bem.
Forrar uma forma de cupcakes com forminhas de papel e distribuir a massa uniformemente pelas caixinhas.
Levar a forno médio pré-aquecido e retirar assim que passar no teste do palito.

No fim de arrefecerem um pouco polvilhar com uma mistura de açúcar em pó e canela (opcional).

(Nota: esta receita rendeu 15 queques, pelo que usei uma forma de 12 e ainda 3 latinhas individuais forradas com forminha de papel)


Vai uma dentada?

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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Bolo Rei

É rara a mesa de Consoada que não tenha um Bolo Rei... Este ano fui eu que o fiz!

Continuo a testar alterações à massa base mexendo nas quantidades de ingredientes para chegar ao "tal" bolo, o que verdadeiramente me enche as medidas! E, com a concordância de quem o provou, acho que posso ter mesmo chegado à receita ideal!

E desta vez optei por testar um bolo rei (e não rainha), mas com as frutas cristalizadas apenas na massa - os pedacinhos pequenos complementam os frutos secos, e não há pedaços grandes na decoração, onde acho que são mais enjoativos.

Ficou bastante rico em frutos, não é demasiado doce mas tem os pequenos apontamentos das frutas cristalizadas picadas. É uma receita vencedora, sem dúvida!

Ainda quentinho estava delicioso, um verdadeiro pecado! (As fotos foram tiradas com os bolos acabadinhos de fazer, ainda fumegavam!)
Bolo Rei

Ingredientes:

Para o fermento:
  • 150gr farinha
  • 25gr fermento fresco 
  • 1 dl leite (morno)
Para a massa:
  •  550gr farinha
  • 125gr manteiga amolecida
  • 200gr açúcar amarelo
  • 5 ovos
  • 3 colheres (sopa) vinho do Porto
  • 3 colheres (sopa) aguardente
  • raspa de 1 limão
  • 1 colher (sobremesa) sal
  • 200gr frutos secos variados (nozes, avelãs, amêndoas)
  • 50gr sultanas douradas
  • 125 gr fruta cristalizada em cubinhos
Para finalizar e decorar:
  • uma gema de ovo (diluída em leite ou água) para pincelar antes de ir forno
  • frutos secos q.b. para decorar antes de ir ao forno 
  • geleia de marmelo derretida para pincelar depois de pronto
  • açúcar em pó q.b.


Preparação:

Começar por preparar a massa com fermento, diluindo-o no leite morno e misturando com a farinha. Deixar repousar em local abrigado até que dobre o volume (cerca de 30 minutos). Preparo-o logo na taça da batedeira.

Assim que a primeira massa estiver fermentada acrescentar-lhe a manteiga, o açúcar, os ovos, o vinho do Porto e aguardente, a raspa de limão e o sal, usando os ganchos de amassar durante as adições.
Acrescentar então a farinha e deixar amassar pelo menos durante 10 minutos.
Juntar por fim os frutos (secos e cristalizados) e deixar amassar mais alguns minutos para que se incorporem uniformemente na massa.

Deixar a massa levedar em local abrigado. O ideal é deixar levedar várias horas (deixei levedar cerca de 4 horas).

No fim de lêveda deverá ser uma massa fofa e relativamente fácil de moldar. Se se pegar às mãos deverá polvilhar-se farinha na bancada onde se tenderem os bolos e também um pouquinho sobre a massa.

Formar os bolos (esta receita rendeu 3 bolos de tamanho médio) dividindo a massa em bolas. Calcar no centro até começar a abrir um buraco e depois alargar até ficar em formato de argola. Deixar repousar cerca de uma hora antes de levar a forno médio pré-aquecido. Para que não pegue deverá forrar-se o tabuleiro com papel vegetal.
Imediatamente antes de ir forno pincelar com gema de ovo diluída em leite ou água e decorar com os frutos secos.

Fazer o teste do palito para verificar a cozedura. (Se o bolo começar a ficar muito escuro e não estiver pronto deverá tapar-se com folha de alumínio).

Assim que estiver pronto retirar do forno e pincelar com geleia derretida (uns segundos no microondas), para dar brilho. Aguardar que arrefeça alguns minutos e polvilhar com açúcar em pó a gosto.

Vai uma fatia?

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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Estrelinhas de especiarias

Quando fiz bolachinhas com especiarias fiquei rendida ao seu aroma fantástico.
Estas foram ainda mais ousadas e aromáticas! Às especiarias que já tinha testado acrescentei a frescura do limão, o calor da pimenta preta e ainda um toque de cravinho. Podem colocar as especiarias que mais gostarem, omitir as que não apreciarem... Esta mistura, para mim, é excelente!

Foram as escolhidas para oferecer à família neste Natal, espero que também eles gostem!


Estrelinhas de especiarias

Ingredientes:
  • 250gr manteiga amolecida
  • 250gr açúcar
  • 1 ovo
  • 500gr farinha
  • raspa de 1 limão
  • 4 colheres (chá) canela
  • 2 colheres (chá) gengibre em pó
  • 2 colheres (chá) noz moscada
  • 1 pitada de cravinho em pó
  • 1 pitada de pimenta preta
Preparação:

Numa tigela colocar a manteiga amolecida e o açúcar e bater até ficar uma mistura fofa. Acrescentar o ovo e bater novamente. (Pode usar-se a batedeira)
Juntar todos os ingredientes aromáticos e envolver bem, até ficar uma massa com cor homogénea.
Por fim acrescentar a farinha - gosto de o fazer à mão, até que a massa se una e despegue das mãos.

No inverno a massa é mais fácil de trabalhar, porque a temperatura mais baixa deixa a manteiga endurecer um pouco. Por isso não necessitei descansar a massa, estava pronta a estender sem sequer ser necessária farinha, já que não se pegava à bancada. (Com temperaturas mais elevadas deve refrigerar-se a massa cerca de 30 minutos antes de estender. Se tiver tendência a pegar, polvilhar a superfície com farinha)

As bolachinhas, depois de cortadas, devem ir ao forno até ficarem com a base dourada, em tabuleiro forrado com papel vegetal.

A cozinha fica a cheirar a especiarias, bastante convidativa a uma caneca de chá a acompanhar as bolachinhas acabadinhas de fazer!

Vai uma bolachinha?

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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Regueifa - a minha primeira tentativa!

Há muito que queria uma receita deste pão doce, e acabei por encontrar. No entanto ficou em arquivo e foi ficando esquecida a experiência...
A regueifa é típica do norte do país, e julgo que seja característica da altura da Páscoa... Mas agora pertinho do Natal é que me apeteceu experimentar!

Lá pus mãos à obra, não sem antes dar uma reviravolta à receita que encontrei...

A receita base tirei do Pratos da Bela, que também ela acabou por ir adaptando com receitas posteriores.
Resolvi acrescentar um passo, preparando um fermento prévio e só depois juntar os restantes ingredientes e amassar. Algumas das quantidades também foram alteradas à medida que ia fazendo...
Desta vez não amassei à mão porque é uma massa muito húmida e difícil de trabalhar, pelo que usei a batedeira com os ganchos de amassar.

Adorei o resultado final, fica uma massa muito leve e fofa. Não é excessivamente doce, e o toque da canela é bastante suave. Agora só preciso de treinar a enrolar a massa para que a rosca não fique sem buraco!
Regueifa

Ingredientes:

Para o fermento:
  • 25gr fermento fresco
  • 100gr farinha
  • 125ml leite morno
Para a massa:
  • 150 ml leite morno
  • 3 ovos grandes
  • 200 gr açúcar
  • 100 gr manteiga amolecida
  • 40 ml vinho do Porto
  • raspa de 1 limão (pequeno)
  • sumo de 1/2 limão (pequeno)
  • 1 colher (chá) canela em pó
  • 450 gr farinha + q.b. até formar uma bola (entre 75 a 100 gr, consoante a capacidade de absorção da farinha)
  • leite q.b. para pincelar antes de ir ao forno
  • cerca de 1 colher (sopa) de manteiga derretida para pincelar no fim de pronta

Preparação:

Em primeiro lugar preparar a massa fermentada colocando a farinha, o leite e o fermento fresco numa tigela (usei a tigela da batedeira). Misturar tudo muito bem e deixar repousar, tapado com um pano, até dobrar de volume.
Após a massa estar fermentada juntar o leite, os ovos, o açúcar, a manteiga, o vinho do porto, a raspa e sumo de limão e a canela. Bater um ou dois minutos até ficar uma massa homogénea.
Juntar agora a farinha, em duas ou três vezes, e deixar amassar alguns minutos. Se a massa permanecer muito mole juntar mais farinha até que, ao amassar, a massa tenha tendência a formar uma bola.
Amassar durante 10 a 15 minutos.
Deixar a massa repousar, tapada com um pano, até aumentar de volume (cerca de uma hora).
Untar (ligeiramente) uma superfície com azeite e dividir a massa em duas partes, que deverão ser transformadas em rolos. (Untar com azeite é para que a massa não pegue, e não usando farinha não estamos a alterar a sua consistência.)

Enrolar os dois pedaços de massa e colocar num tabuleiro (forrado com papel vegetal) a repousar mais uma hora, antes de ir ao forno.
O forno deve ser pré-aquecido, em temperatura média.

Antes de levar a regueifa ao forno deve pincelar-se com leite. Enquanto está no forno, se começar a ficar muito escura e não estiver pronta, cobrir com folha de alumínio até que a massa passe no teste do palito. Por opção deixo a massa pouco cozida para não ficar seca. Assim que passa no teste do palito retiro do forno.

Ao sair do forno pincelar com um pouco de manteiga derretida, confere-lhe um acabamento brilhante.
(A regueifa cresce imenso, podem perfeitamente fazer-se duas roscas de bom tamanho. Esta regueifa pesava cerca de 1,4kg)

Vai uma fatia?

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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Queques de limão com sementes de papoila

Se há receita prática e muito fácil de fazer é a de queques (ou muffins, se estiverem para aí virados!).
As variações de sabor são as que a imaginação ditar, mas eu trago-vos uma receita do livro "O Grande Livro da Pastelaria".

Não me aventurei a alterar ingredientes nem a fazer ajustes na receita da massa, mas eu gosto imenso de bolinhos com limão e não resisti a acrescentar uma calda para os regar!


Queques de limão com sementes de papoila

Ingredientes:
  • 350gr farinha
  • 1 colher (sopa) fermento em pó
  • 115gr açúcar
  • 2 colheres (sopa) sementes de papoila
  • 55gr manteiga
  • 1 ovo grande
  • 225ml leite
  • raspa e sumo de 1 limão 
Para a calda:
  • sumo de 1 limão
  • 30ml água
  • 35gr açúcar
Preparação:

Colocar os ingredientes secos numa tigela, peneirando em primeiro lugar a farinha e o fermento, e adicionando depois o açúcar e as sementes. (As sementes podem ser torradas durante cerca de 30 segundos numa frigideira)
Numa outra tigela colocar a manteiga derretida, adicionar o ovo batido. Juntar também a raspa de limão, o sumo (juntei também a polpa porque não tinha sementes), e o leite. Mexer bem até ficar cremoso.
Juntar o creme obtido aos ingredientes secos e mexer bem até que fique uma massa macia e pegajosa, húmida. Se estiver muito seca adicionar um pouco de leite (no meu caso não foi necessário, mas pode depender da absorção da farinha usada).
Num tabuleiro para queques (a receita rende 12) colocar uma forminha em cada buraco e distribuir a massa uniformemente.
Levar a forno médio pré-aquecido.
Vigiar e retirar assim que  passarem no teste do palito, que deverá sair seco ao espetar no centro do bolinho. (Como já estavam prontos não deixei dourar para não secarem demasiado. Cá por casa não apreciamos massas muito secas.)

Para a calda, basta colocar todos os ingredientes num tachinho e levar a ferver até que o açúcar fique bem dissolvido.

Deixar arrefecer um pouco, fazer furinhos nos queques com um palito e regar com a calda (com a ajuda de uma colher de sopa, ou pincelando).


Os queques ficaram fofos e a calda pegajosa por cima é deliciosa!
(Se gostarem mesmo muito de limão podem dobrar a quantidade de sumo usado na massa, eu acho que ficaria ainda melhor)

Vai uma dentada?

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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Pão de massa lêveda com alho e alecrim

Cá por casa continuam as experiências com a massa lêveda - a côdea do pão fica mais crocante, o sabor é divino, e nada melhor do que adicionar novos aromas ao que já por si só é tão bom.
Tendo um alecrim no quintal não hesitei em juntá-lo ao pão; com um pouco de alho em pó e o nosso precioso azeite não há como não ter um resultado espectacular.
Pão de massa lêveda com alho e alecrim

Ingredientes:
  • massa lêveda à temperatura ambiente*
  • 1kg farinha
  • sal q.b.
  • 600 a 700ml água quente
  • alecrim fresco picado, alho em pó e azeite q.b.
  • pimenta cayenne a gosto para a "focaccia"
*(para uma explicação mais detalhada acerca do pão com massa lêveda, ver aqui; a massa lêveda pode ser subsituída por 12gr de fermento fresco)

Preparação:

Dissolver a massa lêveda com um pouco de água e farinha. Colocar a restante farinha por cima e reservar em local abrigado.
Passado algum tempo (no inverno o processo é mais demorado) verificar se a farinha apresenta rachas à superfície, é sinal que a massa lêveda já está activa e iniciou o processo de fermentação.
Pode agora começar a amassar, juntando água aos poucos até que toda a farinha seja absorvida e a massa fique um pouco húmida. (A quantidade de água na receita é meramente indicativa, depende sempre da capacidade de absorção da farinha.) Continuar a amassar, sem adicionar mais água, até que a massa comece a ligar e a despegar ligeiramente das bordas.
Polvilhar abundantemente com farinha e deixar levedar em sítio abrigado.
Assim que a farinha à superfície apresentar rachas, sinal que a massa já ganhou volume, está pronta para tender. A massa apresenta-se bastante elástica, mas relativamente fácil de manusear.
Não esquecer de guardar um pouco de massa para a próxima fornada!
Optei por fazer pão de forma e com a massa restante uma espécie de focaccia.

No fim de colocar a massa dentro da forma coloquei alho em pó e alecrim fresco picado e com os dedos pressionei para dentro da massa, regando de seguida com azeite, e voltei a incorporar ligeiramente na massa.
Na focaccia espalhei alho em pó, um pouco de pimenta cayenne, alecrim fresco picado e reguei com um fio de azeite. Pode também salpicar-se com sal grosso. Caso se prefira, pode também pincelar com azeite a focaccia depois de sair do forno.

Levar a forno pré-aquecido, bem quente, até ficar dourado.

Vai uma fatia?

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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Bolinhas de bolo e leite condensado mergulhadas em chocolate negro

Tal como os cup cakes, os cake pops estão na moda. A vantagem dos cake pops é que podem ser feitos a partir de sobras de bolo, que se misturam com um creme ou recheio à escolha para que se forme uma massa moldável e depois se cobrem e decoram a gosto.

A minha intenção não foi fazer cake pops, mas sim alinhar na onda do reaproveitamento. Não tinha sequer os pauzinhos, por isso a ideia de cake pop era meramente conceptual.
Depois de tentar, com insucesso, cortar a meio um pão de ló muito fofo, ainda morno (erro crasso!), com uma linha, fiquei com um bolo em fanicos. O meu objectivo era outro, por isso retomei a receita e fiz outro bolo.
Mas os "fanicos" foram congelados para mais tarde usar. O fim que lhe dei foram estas bolinhas de bolo e leite condensado mergulhadas em chocolate negro.
Não são cake pops bonitinhos e decorados, mas servem muito bem o seu propósito de umas dentadinhas doces.
Nem todos os desastres culinários têm de acabar mal: o segredo é ser criativo e reaproveitar.

Num artigo do Sapo Sabores vi a proporção massa de bolo para recheio e lá fui eu dedicar-me às bolinhas, versão hiper-mega simples sem decorações "quiduxas e fofinhas" ;)


Bolinhas de bolo e leite condensado mergulhadas em chocolate negro

Ingredientes:
  • 400gr de bolo (usei pão de ló aromatizado com baunilha)
  • 200gr de leite condensado
  • 100gr chocolate 74% cacau
  • 2 colheres (chá) manteiga
Preparação:

Em primeiro lugar desfazer o bolo em migalhas o mais finas possível. Juntar o leite condensado e envolver bem até que se forme uma pasta moldável.

Moldar as bolinhas e reservar no frio algum tempo até ficarem mais firmes. (Eu até deixei de um dia para o outro.)

Derreter o chocolate e a manteiga (no microondas ou em banho-maria, conforme preferirem). Passar as bolinhas pelo chocolate e colocar por cima de papel vegetal até que o chocolate solidifique.
O melhor método é colocar o chocolate num recipiente fundo e mergulhar as bolas, retirando com uma colher - os cake pops são mais fáceis de mergulhar, com a ajuda do pauzinho.

(Nota: rendeu-me mais de 20 bolinhas, mas o chocolate é insuficiente para essa quantidade. Optei por deixar as restantes simples.)

(A receita do bolo utilizado aqui é esta)
Vai uma dentadinha?




domingo, 24 de novembro de 2013

Creme de abóbora e cenoura e croutons aromatizados com alecrim

Quando o frio começa a apertar surge a vontade de comidas que nos aqueçam... Só nesta altura se começam a comer sopas cá por casa - de resto os legumes são simplesmente salteados e crocantes, a nossa forma preferida de os consumir.

Mas o frio já cá chegou, a lareira já pede para se acender, e a época das sopas está oficialmente aberta.
O menino cá de casa não gosta de sopas "grossas", prefere quase líquidas. Desta vez fiz-lhe a vontade e ainda acrescentei algo que ambos adoramos, e é uma excelente forma de aproveitar pão duro: croutons!


Creme de abóbora e cenoura e croutons aromatizados com alecrim

Ingredientes:

Para a sopa:
  • 1/2 abóbora manteiga (pequena)
  • 2 cenouras (médias)
  • 1 batata (grande)
  • 1 cebola (média)
  • 1 dente de alho
  • sal q.b.
  • água q.b. para cobrir generosamente os legumes
  • azeite a gosto para finalizar
Para os croutons:
  • 2 fatias de pão cortadas em cubos uniformes
  • 1 raminho de alecrim
  •  alho em pó e sal q.b.
  • azeite q.b.
Preparação:

Começar por preparar os legumes, descascando-os e cortando em pedaços pequenos. Cobrir generosamente com água, temperar com sal e deixar cozinhar até que fiquem macios.
No fim de cozinhados juntar azeite a gosto e triturar tudo muito bem.

Os croutons podem ser feitos muito rapidamente sem ter de usar o forno: numa frigideira anti-aderente colocar um pouco de azeite (suficiente para cobrir o fundo numa camada fina) e deixar aquecer. Colocar depois os cubos de pão bem espalhados.
Mexer de vez em quando para que dourem de todos os lados. Assim que começarem a dourar juntar as folhinhas de alecrim picadas muito fininhas, bem como o alho em pó e o sal. Agitar bem e continuar a mexer até ficar bem dourado.

Como a sopa é tendencialmente doce por causa das cenouras e da abóbora os croutons são o toque de sal e textura para que fique maravilhosa e reconfortante.

Vai uma colherada?

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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Trança com nozes

Há muito tempo que procuro a massa ideal de bolo rainha. No início deste ano fiquei mais perto, mas mesmo assim achei que estava um pouco seca, já nos dias seguintes. (podem ver a receita aqui)
Como o Natal está aí à porta achei por bem começar a testar alterações à receita mais cedo.

Então resolvi pegar na receita que fiz no início do ano, fazendo ligeiras alterações - mais álcool, mais um ovo - que dariam mais humidade à massa. Como a única variedade de frutos secos que tinha eram nozes e não tinha laranja, omiti esses ingredientes.Como sem variedade de frutos secos não poderia ser um verdadeiro Bolo Rainha - e afinal o objectivo era testar a massa - fiz uma trança.

Desta vez optei por amassar com a batedeira, com os ganchos para massas.

A trança ficou enorme! Posso até reduzir a quantidade de fermento para esta receita!
É também difícil de cozinhar - a massa está muito compacta e fica quase queimada por fora até ficar pronta no interior - o formato de bolo com buraco é sem dúvida o mais indicado. Com receio que ficasse crua por dentro fui deixando no forno e acho que acabou por secar um pouco demais para o meu gosto (prefiro massa um pouco mal cozida). Continua a não ser tão doce como o bolo rei - a falta das frutas cristalizadas obriga a aumentar um pouco mais o açúcar. No entanto acho que já tem um grau de doçura bastante aceitável para uma espécie de bolo rainha.

A massa ficou também um pouco mais escura, mas julgo que seja por causa do vinho do Porto.
Continua a não ser "a" massa, faltam uns ajustes, mas é muito boa!

Trança com nozes

Ingredientes:
  • 600gr farinha
  • 25gr fermento (fresco, uso Levital)
  • 100gr manteiga
  • 1/2 dl leite
  • 3 colheres (sopa) vinho do Porto
  • 2 colheres (sopa) aguardente
  • 200gr açúcar amarelo
  • 150 gr nozes picadas (+ q.b. para decorar)
  • 4 ovos
  • raspa de 1 limão
  • 1 colher (chá) sal
  • 1 gema para pincelar antes de ir ao forno
  • geleia q.b. para pincelar depois de pronto (opcional)
  • açúcar em pó para decorar (opcional)
Preparação:

Começar por amornar o leite e nele dissolver o fermento. Juntar um pouco da farinha (cerca de 3/4 chávena) e envolver bem. Deixar esta massa repousar 15 a 20 minutos em ambiente quente (ou até que se note que aumentou para o dobro do volume).

Entretanto amolecer a manteiga, que deve ter batida com o açúcar. Juntar depois os ovos um a um, batendo a cada adição. Juntar então a raspa de limão, o sal, o vinho do porto e a aguardente. Envolver bem.
Nesta fase juntar a massa lêveda e bater novamente.
Usando os ganchos para massa, juntar aos poucos a farinha restante. Deixar amassar até que fique uma mistura bem uniforme e se comece a descolar ligeiramente dos lados (com a minha batedeira demorou cerca de 10 minutos). Juntar as nozes picadas grosseiramente e deixar amassar mais alguns minutos para que fiquem bem misturadas.
Deixar a massa a levedar em ambiente quente (ligar o forno um ou dois minutos, desligar, e depois colocar lá a tigela , tapada com um pano).
A massa pode demorar algumas horas a levedar (duas, três horas - em ambiente quente poderá ser menos). Depois de ganhar volume vai estar mais firme e fácil de trabalhar, pelo que é possível dividir a massa em três porções e formar a trança.
Deixar repousar mais meia hora.
Pré-aquecer o forno, em temperatura média, cerca de 15 minutos.
Antes de ir ao forno pincelar a trança com uma gema ligeiramente diluída com água ou leite, e colocar nozes a decorar. (Costumo colocar papel vegetal no tabuleiro, para não pegar)
antes de ir ao forno, e depois

Fazer o teste do palito para verificar se está pronta (deverá estar dourada). Terminar com geleia de marmelo (aquecida para mais facilmente pincelar) para dar brilho e com pequenos montinhos de açúcar em pó.

Nota: esta trança, no fim de pronta, pesa aproximadamente 1,3Kg

É excelente para acompanhar um chá em frente à lareira, ou enroladinha numa manta... Delícia!

Vai uma fatia?

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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Pão feito com massa lêveda (sem fermento)


Gosto muito de fazer pão, e raramente uso a batedeira para amassar, gosto de por a mão na massa e sentir a transformação dela.
Há muito tempo que queria experimentar fazer pão sem fermento (ou seja, sem fermento de fabrico industrial). Tentei por várias vezes fazer a "sourdough", mas o processo não me saiu bem e coloquei essa ideia de parte por um tempo. No entanto, as nossas avós usavam um método semelhante, usando "massa lêveda". (Difere da "sourdough" porque não é alimentada, usa-se por completo)
Na aldeia onde cresci era hábito fazer pão apenas uma ou duas vezes por semana, por vezes mais de 5kg de farinha de cada vez - assim fazia-se pão para alguns dias, guardando-se em sacas de pano, libertando o tempo de fazer mais amiúde para ir trabalhar no campo.
Como não era fácil ter acesso ao fermento de padeiro (e como saía também mais barato este processo), usava-se o método de massa lêveda.
Ou seja, reservava-se um pouco de massa de pão, guardando numa tigela, que se usava na próxima vez que se fosse amassar. A massa lêveda vai crescendo e ganhando volume - para não ganhar bolor, não existindo frigoríficos, colocava-se uma camada fina de azeite para proteger.

Sempre ouvi a minha mãe falar desse processo, no entanto as minhas memórias de infância já se prendem com ir à mercearia mais próxima comprar "25 ou 50 escudos" de fermento tanto para a minha avó como para a minha mãe.

Para quem quiser testar este tipo de massa aviso já que é necessária paciência: a massa tem um período de repouso mais longo, levando mais horas a ficar pronta. E com tempo mais frio, mais tempo leva! No entanto, como para o pão eu sou paciente, resolvi fazer o teste em casa.

O processo de obter a primeira massa lêveda é simples: fazer pão "normal", com fermento de compra. Reservar um pouco de massa (eu reservo pouca porque faço apenas 1kg ou 1,5kg de farinha de cada vez) - que caiba numa caixa com capacidade de 250ml - numa caixa com o dobro ou o triplo da capacidade, uma vez que a massa vai ganhar volume.
A massa pode ser guardada no frigorífico. No entanto, na véspera deverá ser colocada à temperatura ambiente para que seja "activada" - vai ganhar ainda mais volume. As massas que usei até agora ficam no frio 3 ou 4 dias (e sem qualquer adição de azeite).


A partir daqui é simples: a massa deverá colocar-se na tigela onde se pretende amassar, e ser diluída com água quente (150ml) (mas não em exagero, não deverá queimar as mãos) e farinha (100gr). No fim de bem diluída cobrir com o resto da farinha. (Para não me esquecer coloco logo o sal num cantinho - cerca de uma colher de sopa para 1kg de farinha).
Colocar a tigela, envolta num pano, num sítio abrigado durante hora e meia a duas horas. (Eu costumo ligar o forno um ou dois minutos, desligo, e depois coloco lá a tigela).

(A minha avó tinha sempre uma fogueira acesa e colocava o enorme alguidar junto da lareira para que levedasse mais rapidamente.)

Passado esse tempo a farinha vai apresentar uma ou mais "rachas" - quer dizer que o fermento está activo e cresceu. Está pronto para se preparar a massa.

Eu gosto de juntar azeite à massa de pão - juntei, para 1kg de farinha, 50ml de azeite.

Amassar, juntando água quente aos poucos. Esta massa, tal como era feita pela minha avó e pela minha mãe, deverá ficar bastante húmida. A massa vai ficar bastante húmida, pega-se muito às mãos, mas à medida que se amassa (já depois de juntar toda a água) vai secando um pouco e tende a formar uma bola que tende a despegar ligeiramente das bordas da tigela. Está boa quando se "puxam as abas" e a massa não quebra.

Para 1kg de farinha usei cerca de 600ml de água.

No fim da massa pronta polvilhar generosamente com farinha.

Voltar a levar a massa para um sítio abrigado (volto a repetir o processo do forno) e aguardar, desta feita algumas horas - 3 ou 4, até que a farinha se apresente novamente rachada (sinal que a massa levedou e cresceu). A massa está agora pronta para tender.
Não esquecer de reservar um pouco de massa numa caixa para a próxima vez!!

Eu gosto de fazer o pão em formas de bolo inglês, que forro com papel vegetal, pois assim fico com pão que facilmente se corta em fatias para torradas. É também um formato melhor para congelar, se assim o quiser.

O forno deverá ser pré-aquecido, bem quente, pelo menos durante 20 minutos. (O pão fica nas formas e continua a levedar). Pode golpear-se a massa para controlar onde o pão racha ao assar.

Retirar o pão quando estiver bem dourado. Para estar bom deverá fazer um som oco ao bater no fundo.

(Só pesei o pão maior: tinha quase 1300gr)

Atenção: este pão é muito diferente do que se compra em padaria - é um pão muito mais denso e pesado, que satisfaz muito mais apenas com uma fatia. A côdea é também diferente, bem como o aroma do pão.
O sabor do pão sem o fermento industrial é bastante apelativo. Acabado de fazer é absolutamente delicioso com uma côdea bem estaladiça!

O processo é demorado, mas vale bem a pena!

Vai uma fatia de pão quentinho com manteiga?

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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Bolo com Doce de Ovos

Como tinha alguns ovos para gastar fui pesquisar receitas novas e optei por um doce - afinal temos as melhores receitas com ovos do mundo graças aos belíssimos doces conventuais que ficaram na nossa gastronomia.
Parei no fabuloso Coco e Baunilha e optei por adaptar a receita de Bolo de ovos moles. Fiz apenas um tipo de ovos moles, e apenas recheei o bolo, deixando a cobertura mais simples, polvilhando com açúcar em pó. Acrescentei também o aroma da canela, que acho que liga muito bem com ovos, e a baunilha para o bolo.
Como a minha forma era larga e o bolo ficou um pouco baixo para três camadas optei por cortar apenas ao meio. Também fiz diferente a receita de ovos moles pobres, adaptando à que costumo fazer.

Bolo com Doce de Ovos

Ingredientes:

Para o bolo:
  • 5 ovos
  • 200gr açúcar
  • 130gr farinha
  • 1 colher de chá de fermento em pó
  • 1 colher (café) aroma de baunilha
Para os ovos moles pobres:
  • 8 colheres sopa de açúcar 
  • 16 colheres de sopa de água
  • 4 ovos batidos e passados pelo coador
Para finalizar:
  • canela e açúcar em pó q.b.

Preparação:

Para o bolo, bater os ovos com o açúcar durante 6 a 8 minutos, até que fique uma massa bem fofa e volumosa. Acrescentar a farinha e o fermento peneirados e envolver cuidadosamente com um batedor de varas.
Colocar a massa numa forma redonda.
Nota: forrei o fundo da forma com papel vegetal, que untei e polvilhei. Os lados da forma foram apenas untados e polvilhados, não forrei.
No fim de vertida a massa bater a forma na bancada pelo menos 3 vezes para que as bolhas de ar maiores saiam. Levar a forno médio até que fique douradinho (e passe no teste do palito).
Deixar arrefecer ligeiramente antes de desenformar.
No fim de frio cortar a meio.


Para os ovos moles pobres levar um tachinho ao fogão com a água e o açúcar até que forme muitas bolhas à superfície e ao tirar a calda com uma colher ela corra em fio (começa a engrossar, mas ainda se apresenta bastante líquida). Retirar do lume e colocar uma ou duas colheres desta calda nos ovos bem batidos e coados. Mexer muito bem para que não talhem e de seguida verter os ovos, em fio, para o tachinho com a restante calda. Voltar a mexer novamente e voltar a levar ao fogão, em lume baixo, mexendo sempre até engrossar. Retirar do lume, passar para uma tigela, e deixar arrefecer.


Para finalizar o bolo, verter o creme de ovos na metade da base, polvilhar com canela a gosto. Colocar a outra metade do bolo.
Finalizar polvilhando o bolo com açúcar em pó.

Fica um bolo muito fofo, recomendo!


Vai uma fatia?

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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Bolachas de aveia, mel e nozes

Por cá já existem muitas receitas de bolachas de aveia, mas nós adoramos... E como é difícil repetir uma receita, porque vou sempre adaptando às disponibilidades da despensa, partilho mais umas com um bom resultado!
Bolachas de aveia, mel e nozes

Ingredientes:
 3/4 chav açúcar amarelo
2 colheres (sopa) mel
1 chav margarina (em cubos)
1 colher (chá) aroma baunilha

2,5 chav aveia
1 chav farinha
1/2 cháv sementes girassol
1 cháv nozes
canela a gosto
1 colher (chá) sal
1 colher (chá) bicarbonato de sódio
Nota: chávena com capacidade de 250ml
Preparação:

Colocar num tachinho o açúcar, o mel, a margarina e a baunilha e levar ao fogão em lume brando até que todos os ingredientes se misturem uniformemente. Não é preciso deixar ferver, assim que tudo estiver derretido desligar.

Os restantes ingredientes (aveia, farinha, nozes, etc) devem ser misturados numa tigela. Juntar depois o preparado de açúcar, mel e margarina (podem substituir por óleo de girassol, se assim o preferirem) e mexer bem até que todos os ingredientes estejam bem misturados.

Com a ajuda de uma colher, ou com as mãos, formar bolachas com o formato e tamanho desejado. Levar ao forno até que as bases fiquem douradas. Atenção: não deixar secar as bolachas, devem retirar-se ainda ligeiramente moles no centro, senão ao arrefecer ficam demasiado duras.

Esta receita rendeu 17 bolachas grandes.
Vai uma bolachinha?
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sábado, 9 de novembro de 2013

"Pork Belly and crackling", finalmente!

Finalmente uma receita de "pork belly" com o "crackling" :)
OK, numa versão mais portuguesa, barriga de porco com pele estaladiça, tipo torresmo. A receita já andava a "marinar" na minha mente há muito tempo (culpa do Masterchef Australia), e quando finalmente comprei um pedaço de barriga de porco não pude resistir! Consultei várias receitas online, e acabei por dar um tempero mais parecido aos assados portugueses.

Já tinha testado a receita antes, mas não havia máquina fotográfica disponível. Mas ainda bem porque esta segunda experiência correu ainda melhor, ficou ainda mais saboroso!

Os tempos que indico na receita não serão para seguir à risca porque o meu forno não tem termostato, e não posso por isso indicar com exactidão temperaturas e tempos associados.

Esta receita fez-me também perceber que por muito que goste de receitas vegetarianas não poderei nunca abandonar o consumo de carne!

Não vou indicar quantidades de ingredientes, fiz tudo sem pesar, " a olho".


"Pork Belly with crackling"

Ingredientes:
  • um pedaço de barriga de porco (à temperatura ambiente)
  • alecrim fresco
  • sal
  • pimenta preta, moída na hora
  • dentes de alho picados
  • azeite
Acompanhamento:
  • batatas em "cubos"
  • cenouras em "cubos"
  • cebola em "cubos"
  • dentes de alho com a pele
  • louro
  • alecrim, sal e pimenta
  • azeite q.b.
Preparação:

Em primeiro lugar pré-aquecer o forno em temperatura bem alta.
Pegar no pedaço de barriga de porco e fazer cortes na pele /courato até quase atingir a carne. Os cortes não devem ser muito espaçados. Usar uma faca o mais afiada possível, e ter a peça de carne bem limpa e seca.
Colocar as folhas de alecrim (fresco) ligeiramente picadas, o sal, a pimenta, os dentes de alho picados e um pouco de azeite num almofariz e mexer bem até se transformar numa pasta. (Se o alecrim não for bem picado ficarão pequenos pedaços, mas não há problema.)
Barrar a carne, já com os golpes, com a pasta de temperos. Enfiar a pasta nos pequenos cortes e não esquecer de barrar toda a peça.
Colocar a peça de carne temperada numa grelha, colocada num tabuleiro. (O tabuleiro deve ser fundo o suficiente para mais tarde colocar lá o acompanhamento.)
Levar a carne ao forno bem quente durante cerca de 40 minutos, até a pele começar a formar algumas bolhas.
1 - pedaço de carne devidamente cortado e já barrado com a pasta de temperos/ 2 - Quando se acrescenta o acompanhamento / 3 - a carne pronta, a descansar

Preparar, entretanto, o acompanhamento. As batatas devem ser cortadas em cubos, assim como as cenouras e a cebola. Os dentes de alho (recomendo usar bastantes) devem ir com a pele - ficam com um sabor completamente diferente, mais adocicado, assados com a pele. Temperar com louro, alecrim picado, sal e pimenta a gosto. Acrescentar também um fio de azeite e envolver.

Passado este tempo (os cerca de 40 minutos) reduzir a temperatura para forno médio e colocar o acompanhamento dentro do tabuleiro, que tem já alguma gordura que derreteu da carne. As batatas poderão demorar cerca de 45, 50 minutos a cozinhar. Vigiar de vez em quando, para que não peguem, e mexer. Assim que as batatas estiverem macias retirar do tabuleiro e reservar.
Nesta altura, com o acompanhamento fora do forno, subir novamente a temperatura do forno para terminar a carne. Poderá demorar mais 30 a 40 minutos, a pele deverá ficar tostada e com algumas bolhas e dura ao toque.
Retirar a carne e deixar repousar alguns minutos e só depois cortar para servir. (poderá aproveitar-se o calor do forno para reaquecer um pouco as batatas)
As fotos não fazem justiça ao sabor do prato, que é absolutamente delicioso! Um "estrago" que não se deve repetir muitas vezes, é uma bomba cheia de coisas que fazem mal - mas sabem tão, mas tão bem! Pelo menos uma vez há que testar!

Vai uma garfada?

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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Chegou o meu livro de receitas!

Quem, aqui pela blogosfera, conhece o site Receitas sem Fronteiras sabe que decorreu uma promoção em que, tendo receitas publicadas no site, poderíamos solicitar a impressão de um livro.

Com vários formatos disponíveis optei pela versão maior, que permitia um maior número de páginas e receitas.
O livro tem um papel de excelente qualidade, é grande - ligeiramente maior do que A4 - e de argolas, o que facilita o manuseamento se o pretender ter aberto para consultar a receita.

Tem quase 100 páginas, incluindo 75 receitas de sobremesas. Optei por usar apenas fotos minhas, incluindo na capa. (No site davam a possibilidade de usar imagens genéricas para capa e contra capa, mas com as nossas é ainda mais pessoal!)
Ok, não sou uma autora publicada com livros à venda (nem tenho aspirações de tal ordem, diga-se!) mas esta versão impressa das minhas receitas é como um presente de Natal antecipado! Gostei imenso!
Aproveito para agradecer à equipa do Receitas sem Fronteiras todo o apoio que me foi prestado durante a fase de criação do livro!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Bolo Mármore - Coco e Cacau

Não é precisa uma receita muito elaborada para fazermos um bom bolo.
Esta receita dá-nos um bolo com uma massa extra fofa (que quando calcamos volta o ponto inicial) e com sabores que muitos adoram - o coco e o cacau.

Rende um bolo ainda grandinho (fiz numa forma redonda com 25 cm de diâmetro), fofo, que é excelente para acompanhar um café, chá ou até um bom copo de leite!

Podia tê-lo decorado com açúcar em pó, podia ter feito uma cobertura de chocolate... Mas quando saiu do forno e, já depois de o desenformar, se revelou tão fofinho achei que não precisava de mais nada. Porque as coisas simples também são tão boas.


Bolo mármore com coco e cacau

Ingredientes:
  • 6 ovos (separados)
  • 250gr açúcar
  • 125ml de óleo (girassol)
  • 1 pitada de sal
  • 180gr farinha
  • 1 colher (sobremesa) fermento em pó
Para a massa com coco:
  • 1 colher (chá) aroma de baunilha
  • 4 colheres (sopa) de coco ralado
Para a massa com cacau:
  • 1 colher (chá) café solúvel
  • 4 colheres (sopa) de cacau em pó

Preparação:

Separar as gemas das claras. Bater as claras em castelo e reservar.
Bater ligeiramente as gemas e acrescentar o açúcar. Deixar bater alguns minutos até que aumente de volume.
Adicionar agora o óleo e a pitada de sal, continuando a bater com batedeira até ficar uma massa homogénea.

A partir desta fase continuei a receita mexendo os ingredientes com uma espátula, para ficar com uma massa mais delicada.

À massa já obtida alternar a farinha e o fermento peneirados com as claras em castelo, envolvendo delicadamente.
Dividir a massa em duas partes, sensivelmente iguais.
A uma das partes adicionar o coco e o aroma de baunilha, envolvendo bem.
À outra parte acrescentar o café e o cacau, envolvendo até ficar uma massa homogénea.

Coloquei primeiro a massa de coco numa forma previamente untada e enfarinha. De seguida a massa com cacau, deixando cair de forma irregular. Com a espátula ajudar a misturar um pouco a massa, mas muito ligeiramente (nota-se na foto).

Levar a forno médio, previamente aquecido.
Assim que passar no teste do palito retirar do forno. Atenção para não deixar secar o bolo, mais vale testar várias vezes com o palito. Deixar arrefecer cerca de 5 minutos antes de desenformar.


Vai uma fatia?

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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Pão para preguiçosos!

Vi esta receita numa masterclass do Masterchef Australia, programa que adoro. Na última temporada que vi, a 5, o Matt Preston (crítico que faz parte do júri) também participa nas masterclasses com a versão "cheat" de receitas que supostamente dão trabalho- ou seja, receitas simplificadas e igualmente saborosas.

Eu adoro fazer pão, gosto imenso de amassar, mas quando vi esta receita e o resultado final fiquei curiosa. Enquanto não testei não descansei! Entretanto já fiz diversas vezes e até já arranjei os meus próprios truques para ficar com pequenos pães crocantes e deliciosos quase sem trabalho! Apenas tem um compasso de espera prolongado, para que a massa levede, mas vale totalmente a pena.

O resultado final: pão leve, esburacado por dentro, fofo, com côdea estaladiça e bem saboroso. Vale a pena experimentar!

A receita original pode ser encontrada neste link, na página oficial do Masterchef Australia.
Eu reduzi as quantidades e uso fermento fresco (levital).


Pão para preguiçosos! (sem amassar e sem MFP)

Ingredientes:
  • 650gr farinha 
  • 600ml água morna
  • 12,5 gr fermento fresco (cada pacote tem 25gr)
  • sal a gosto (uso cerca de 1 colher sobremesa)
Preparação:

Numa tigela (atenção, não usar uma tigela muito pequena porque a massa tem de ter espaço para crescer) colocar a farinha, o sal e a água, onde se deverá ter desfeito o fermento.
Com a ajuda de uma colher envolver tudo até ficar uma massa ainda húmida e que se pega bastante. Só deverá ser necessário certificar que toda a farinha está misturada. Cobrir a tigela com película aderente e levar ao frigorífico.


Na receita é recomendado ficar de um dia para outro. Já fiz com várias horas de fermentação: 8 a 10 horas, até mesmo mais. Se repararem na massa passadas 3 ou 4 horas já notam uma grande evolução.
Sugiro fazer a mistura à noite para fazer pão quente na manhã seguinte (ideal para o fim-de-semana), ou fazer a mistura de manhã para poder ter pão quente para o jantar.

Passadas as horas de descanso a massa deverá ter crescido bastante e continuar com um aspecto bem húmido e cheia de bolhas. Antes de levar ao forno (eu uso patusca com as duas resistências ao mesmo tempo) deverá ficar fora do frio cerca de uma hora para se aproximar da temperatura ambiente.

patusca
Uma vez que a massa é muito húmida e se pega demasiado às mãos, o truque que uso para formar os pães é o seguinte: unto uma espátula com azeite para que facilmente possa retirar a massa da tigela e fique o mínimo possível desperdiçada.
Essa massa é vertida para uma tábua de cozinha com uma dose generosa de farinha. Deve polvilhar-se depois a massa novamente e com uma faca cortar porções do tamanho desejado. Colocar os pães num tabuleiro também enfarinhado generosamente e levar ao forno quente até que fiquem corados e ao bater no fundo faça um som oco.


Esta receita pode render cerca de 10/ 11 pequenos pães.
Pode também fazer-se pão maior como na foto abaixo, mas quanto mais pequenos, mais rapidamente ficam prontos e mais crocantes ficam.

O miolo é esburacado, mas fofo. Servidos com manteiga, ainda bem quentinhos, é difícil comer só um!

É um pão extremamente simples, não tem trabalho associado quase nenhum, só tem de se preparar a massa com umas horas de antecedência. E o resultado é tão compensador!



Vai uma dentada?

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domingo, 22 de setembro de 2013

Mousse de Chocolate

É uma das minhas grandes falhas aqui no blogue - não ter publicado mais cedo uma receita de mousse de chocolate!

Esta é baseada na primeira receita que experimentei, há largos anos, mas reduzi a quantidade de açúcar e manteiga, e melhorei a qualidade do chocolate utilizado. Alterei também um pouco o método de confecção, e acho que ficou perfeita. 

É uma mousse firme, mas fofa, uma dose generosa de chocolate para os amantes dessa iguaria.
Mousse de Chocolate

Ingredientes:
  • 200gr chocolate com 74% cacau
  • 6 ovos (separados)
  • 2 colheres (sopa) de manteiga amolecida (à temperatura ambiente)
  • 6 colheres (sopa) rasas de açúcar

Preparação:

Começar por colocar o chocolate, partido em pedaços, numa tigela juntamente com a manteiga e levar ao microondas, na potência média, cerca de 30 segundos de cada vez. A cada intervalo mexer bem, e quando estiver completamente derretido e uniforme reservar.

Separar os ovos. Bater as claras em castelo. Quando estiverem a levantar, juntar o açúcar e continuar a bater até que forme picos suaves e fique uma mistura lisa e brilhante.

Acrescentar as gemas, ligeiramente batidas, ao chocolate e envolver bem. Acrescentar então esta mistura às claras, envolvendo delicadamente até todo o chocolate estar bem incorporado.

Verter a mistura para uma taça ou taças individuais e levar ao frio algumas horas para que fique firme.

Esta receita rendeu 6 generosas doses.

Esta mousse, servida simples, já agrada aos apaixonados pelo chocolate. Mas pode sempre ir-se mais além e juntar frutos vermelhos ou frutos secos... E até mesmo aromas como o café ou a baunilha.

Vai uma colherada?

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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Pão de Batata

Tenho na minha lista de blogues do feedly o "Bem Bons" que tem sempre receitas excelentes. Uma que me captou a atenção ultimamente foi a de Pão de Batata, que podem ver aqui.
Como eu não tenho máquina de fazer pão troquei uns e-mails / comentários com a Ana Rita, que é uma simpatia, e prontamente acabou por clarificar a receita no seu blogue para que pudesse fazer sem quaisquer dúvidas.

Posso-vos dizer que, mesmo feito à mão, o pão é muito fácil de preparar. Na minha receita apenas alterei o fermento, já que uso sempre o fermento da Levital (fermento fresco que pode perfeitamente ser congelado e utilizado a posteriori).

O pão é denso, não se desfaz em migalhas, mas mesmo muito fofo. É um pão diferente, mas sem dúvida muito bom. Testem, vão gostar com certeza! (Seja feito na MFP, como fez a Ana Rita, seja à mão, como aqui proponho.) Eu retirei o pão do forno mal passou no teste do palito (que espetei com cuidado na lateral em direção ao centro), já que gosto de pão mal cozido. No entanto já estava bem douradinho.


Pão de Batata

Ingredientes:
(copo medidor com capacidade de 350ml)
  • 1 copo de batata cozida (em água em sal) e passada pelo passe vite, ainda morno
  • 1 ovo (no copo) e encher com leite até à marca de 175ml
  • 2 colheres de sopa de manteiga à temperatura ambiente
  • 1 colher (chá) sal
  • 2 colheres (sopa) açúcar
  • 3 e 1/2 copos de farinha
  • 12gr fermento fresco 
Para finalizar:
  • sementes de sésamo e papoila q.b.
  • 1 gema + algumas gotas de água para pincelar
Preparação:

Colocar o puré de batata, ainda morno, numa tigela. Acrescentar o leite e o ovo, a manteiga, o sal, o açúcar e a farinha. Desfazer um pouco o fermento com as mãos e amassar tudo muito bem.
Pode começar-se com uma colher até que a massa comece a ligar. Depois de ligada, amassar bem até que se fique bem macia e se descole das mãos e da tigela.
Cobri a tigela com película aderente e coloquei num sítio abrigado até dobrar o volume.

Depois de lêveda dividir a massa em duas partes e formar dois rolos iguais. Enrolá-los um no outro e colocar numa forma tipo bolo inglês forrada com papel vegetal. Deixar levedar novamente entre 30 a 40 minutos.

Antes de levar ao forno médio (que deverá ser pré-aquecido) pincelar com uma gema de ovo. Se a gema for muito espessa diluir com algumas gotas de água.
Polvilhar o pão com sementes a gosto. Usei sésamo e papoila neste pão.

Ainda morno com manteiga é divino... Do que é que estão à espera para experimentar?

Vai uma fatia?

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