sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Pão de massa lêveda com alho e alecrim

Cá por casa continuam as experiências com a massa lêveda - a côdea do pão fica mais crocante, o sabor é divino, e nada melhor do que adicionar novos aromas ao que já por si só é tão bom.
Tendo um alecrim no quintal não hesitei em juntá-lo ao pão; com um pouco de alho em pó e o nosso precioso azeite não há como não ter um resultado espectacular.
Pão de massa lêveda com alho e alecrim

Ingredientes:
  • massa lêveda à temperatura ambiente*
  • 1kg farinha
  • sal q.b.
  • 600 a 700ml água quente
  • alecrim fresco picado, alho em pó e azeite q.b.
  • pimenta cayenne a gosto para a "focaccia"
*(para uma explicação mais detalhada acerca do pão com massa lêveda, ver aqui; a massa lêveda pode ser subsituída por 12gr de fermento fresco)

Preparação:

Dissolver a massa lêveda com um pouco de água e farinha. Colocar a restante farinha por cima e reservar em local abrigado.
Passado algum tempo (no inverno o processo é mais demorado) verificar se a farinha apresenta rachas à superfície, é sinal que a massa lêveda já está activa e iniciou o processo de fermentação.
Pode agora começar a amassar, juntando água aos poucos até que toda a farinha seja absorvida e a massa fique um pouco húmida. (A quantidade de água na receita é meramente indicativa, depende sempre da capacidade de absorção da farinha.) Continuar a amassar, sem adicionar mais água, até que a massa comece a ligar e a despegar ligeiramente das bordas.
Polvilhar abundantemente com farinha e deixar levedar em sítio abrigado.
Assim que a farinha à superfície apresentar rachas, sinal que a massa já ganhou volume, está pronta para tender. A massa apresenta-se bastante elástica, mas relativamente fácil de manusear.
Não esquecer de guardar um pouco de massa para a próxima fornada!
Optei por fazer pão de forma e com a massa restante uma espécie de focaccia.

No fim de colocar a massa dentro da forma coloquei alho em pó e alecrim fresco picado e com os dedos pressionei para dentro da massa, regando de seguida com azeite, e voltei a incorporar ligeiramente na massa.
Na focaccia espalhei alho em pó, um pouco de pimenta cayenne, alecrim fresco picado e reguei com um fio de azeite. Pode também salpicar-se com sal grosso. Caso se prefira, pode também pincelar com azeite a focaccia depois de sair do forno.

Levar a forno pré-aquecido, bem quente, até ficar dourado.

Vai uma fatia?

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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Bolinhas de bolo e leite condensado mergulhadas em chocolate negro

Tal como os cup cakes, os cake pops estão na moda. A vantagem dos cake pops é que podem ser feitos a partir de sobras de bolo, que se misturam com um creme ou recheio à escolha para que se forme uma massa moldável e depois se cobrem e decoram a gosto.

A minha intenção não foi fazer cake pops, mas sim alinhar na onda do reaproveitamento. Não tinha sequer os pauzinhos, por isso a ideia de cake pop era meramente conceptual.
Depois de tentar, com insucesso, cortar a meio um pão de ló muito fofo, ainda morno (erro crasso!), com uma linha, fiquei com um bolo em fanicos. O meu objectivo era outro, por isso retomei a receita e fiz outro bolo.
Mas os "fanicos" foram congelados para mais tarde usar. O fim que lhe dei foram estas bolinhas de bolo e leite condensado mergulhadas em chocolate negro.
Não são cake pops bonitinhos e decorados, mas servem muito bem o seu propósito de umas dentadinhas doces.
Nem todos os desastres culinários têm de acabar mal: o segredo é ser criativo e reaproveitar.

Num artigo do Sapo Sabores vi a proporção massa de bolo para recheio e lá fui eu dedicar-me às bolinhas, versão hiper-mega simples sem decorações "quiduxas e fofinhas" ;)


Bolinhas de bolo e leite condensado mergulhadas em chocolate negro

Ingredientes:
  • 400gr de bolo (usei pão de ló aromatizado com baunilha)
  • 200gr de leite condensado
  • 100gr chocolate 74% cacau
  • 2 colheres (chá) manteiga
Preparação:

Em primeiro lugar desfazer o bolo em migalhas o mais finas possível. Juntar o leite condensado e envolver bem até que se forme uma pasta moldável.

Moldar as bolinhas e reservar no frio algum tempo até ficarem mais firmes. (Eu até deixei de um dia para o outro.)

Derreter o chocolate e a manteiga (no microondas ou em banho-maria, conforme preferirem). Passar as bolinhas pelo chocolate e colocar por cima de papel vegetal até que o chocolate solidifique.
O melhor método é colocar o chocolate num recipiente fundo e mergulhar as bolas, retirando com uma colher - os cake pops são mais fáceis de mergulhar, com a ajuda do pauzinho.

(Nota: rendeu-me mais de 20 bolinhas, mas o chocolate é insuficiente para essa quantidade. Optei por deixar as restantes simples.)

(A receita do bolo utilizado aqui é esta)
Vai uma dentadinha?




domingo, 24 de novembro de 2013

Creme de abóbora e cenoura e croutons aromatizados com alecrim

Quando o frio começa a apertar surge a vontade de comidas que nos aqueçam... Só nesta altura se começam a comer sopas cá por casa - de resto os legumes são simplesmente salteados e crocantes, a nossa forma preferida de os consumir.

Mas o frio já cá chegou, a lareira já pede para se acender, e a época das sopas está oficialmente aberta.
O menino cá de casa não gosta de sopas "grossas", prefere quase líquidas. Desta vez fiz-lhe a vontade e ainda acrescentei algo que ambos adoramos, e é uma excelente forma de aproveitar pão duro: croutons!


Creme de abóbora e cenoura e croutons aromatizados com alecrim

Ingredientes:

Para a sopa:
  • 1/2 abóbora manteiga (pequena)
  • 2 cenouras (médias)
  • 1 batata (grande)
  • 1 cebola (média)
  • 1 dente de alho
  • sal q.b.
  • água q.b. para cobrir generosamente os legumes
  • azeite a gosto para finalizar
Para os croutons:
  • 2 fatias de pão cortadas em cubos uniformes
  • 1 raminho de alecrim
  •  alho em pó e sal q.b.
  • azeite q.b.
Preparação:

Começar por preparar os legumes, descascando-os e cortando em pedaços pequenos. Cobrir generosamente com água, temperar com sal e deixar cozinhar até que fiquem macios.
No fim de cozinhados juntar azeite a gosto e triturar tudo muito bem.

Os croutons podem ser feitos muito rapidamente sem ter de usar o forno: numa frigideira anti-aderente colocar um pouco de azeite (suficiente para cobrir o fundo numa camada fina) e deixar aquecer. Colocar depois os cubos de pão bem espalhados.
Mexer de vez em quando para que dourem de todos os lados. Assim que começarem a dourar juntar as folhinhas de alecrim picadas muito fininhas, bem como o alho em pó e o sal. Agitar bem e continuar a mexer até ficar bem dourado.

Como a sopa é tendencialmente doce por causa das cenouras e da abóbora os croutons são o toque de sal e textura para que fique maravilhosa e reconfortante.

Vai uma colherada?

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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Trança com nozes

Há muito tempo que procuro a massa ideal de bolo rainha. No início deste ano fiquei mais perto, mas mesmo assim achei que estava um pouco seca, já nos dias seguintes. (podem ver a receita aqui)
Como o Natal está aí à porta achei por bem começar a testar alterações à receita mais cedo.

Então resolvi pegar na receita que fiz no início do ano, fazendo ligeiras alterações - mais álcool, mais um ovo - que dariam mais humidade à massa. Como a única variedade de frutos secos que tinha eram nozes e não tinha laranja, omiti esses ingredientes.Como sem variedade de frutos secos não poderia ser um verdadeiro Bolo Rainha - e afinal o objectivo era testar a massa - fiz uma trança.

Desta vez optei por amassar com a batedeira, com os ganchos para massas.

A trança ficou enorme! Posso até reduzir a quantidade de fermento para esta receita!
É também difícil de cozinhar - a massa está muito compacta e fica quase queimada por fora até ficar pronta no interior - o formato de bolo com buraco é sem dúvida o mais indicado. Com receio que ficasse crua por dentro fui deixando no forno e acho que acabou por secar um pouco demais para o meu gosto (prefiro massa um pouco mal cozida). Continua a não ser tão doce como o bolo rei - a falta das frutas cristalizadas obriga a aumentar um pouco mais o açúcar. No entanto acho que já tem um grau de doçura bastante aceitável para uma espécie de bolo rainha.

A massa ficou também um pouco mais escura, mas julgo que seja por causa do vinho do Porto.
Continua a não ser "a" massa, faltam uns ajustes, mas é muito boa!

Trança com nozes

Ingredientes:
  • 600gr farinha
  • 25gr fermento (fresco, uso Levital)
  • 100gr manteiga
  • 1/2 dl leite
  • 3 colheres (sopa) vinho do Porto
  • 2 colheres (sopa) aguardente
  • 200gr açúcar amarelo
  • 150 gr nozes picadas (+ q.b. para decorar)
  • 4 ovos
  • raspa de 1 limão
  • 1 colher (chá) sal
  • 1 gema para pincelar antes de ir ao forno
  • geleia q.b. para pincelar depois de pronto (opcional)
  • açúcar em pó para decorar (opcional)
Preparação:

Começar por amornar o leite e nele dissolver o fermento. Juntar um pouco da farinha (cerca de 3/4 chávena) e envolver bem. Deixar esta massa repousar 15 a 20 minutos em ambiente quente (ou até que se note que aumentou para o dobro do volume).

Entretanto amolecer a manteiga, que deve ter batida com o açúcar. Juntar depois os ovos um a um, batendo a cada adição. Juntar então a raspa de limão, o sal, o vinho do porto e a aguardente. Envolver bem.
Nesta fase juntar a massa lêveda e bater novamente.
Usando os ganchos para massa, juntar aos poucos a farinha restante. Deixar amassar até que fique uma mistura bem uniforme e se comece a descolar ligeiramente dos lados (com a minha batedeira demorou cerca de 10 minutos). Juntar as nozes picadas grosseiramente e deixar amassar mais alguns minutos para que fiquem bem misturadas.
Deixar a massa a levedar em ambiente quente (ligar o forno um ou dois minutos, desligar, e depois colocar lá a tigela , tapada com um pano).
A massa pode demorar algumas horas a levedar (duas, três horas - em ambiente quente poderá ser menos). Depois de ganhar volume vai estar mais firme e fácil de trabalhar, pelo que é possível dividir a massa em três porções e formar a trança.
Deixar repousar mais meia hora.
Pré-aquecer o forno, em temperatura média, cerca de 15 minutos.
Antes de ir ao forno pincelar a trança com uma gema ligeiramente diluída com água ou leite, e colocar nozes a decorar. (Costumo colocar papel vegetal no tabuleiro, para não pegar)
antes de ir ao forno, e depois

Fazer o teste do palito para verificar se está pronta (deverá estar dourada). Terminar com geleia de marmelo (aquecida para mais facilmente pincelar) para dar brilho e com pequenos montinhos de açúcar em pó.

Nota: esta trança, no fim de pronta, pesa aproximadamente 1,3Kg

É excelente para acompanhar um chá em frente à lareira, ou enroladinha numa manta... Delícia!

Vai uma fatia?

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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Pão feito com massa lêveda (sem fermento)


Gosto muito de fazer pão, e raramente uso a batedeira para amassar, gosto de por a mão na massa e sentir a transformação dela.
Há muito tempo que queria experimentar fazer pão sem fermento (ou seja, sem fermento de fabrico industrial). Tentei por várias vezes fazer a "sourdough", mas o processo não me saiu bem e coloquei essa ideia de parte por um tempo. No entanto, as nossas avós usavam um método semelhante, usando "massa lêveda". (Difere da "sourdough" porque não é alimentada, usa-se por completo)
Na aldeia onde cresci era hábito fazer pão apenas uma ou duas vezes por semana, por vezes mais de 5kg de farinha de cada vez - assim fazia-se pão para alguns dias, guardando-se em sacas de pano, libertando o tempo de fazer mais amiúde para ir trabalhar no campo.
Como não era fácil ter acesso ao fermento de padeiro (e como saía também mais barato este processo), usava-se o método de massa lêveda.
Ou seja, reservava-se um pouco de massa de pão, guardando numa tigela, que se usava na próxima vez que se fosse amassar. A massa lêveda vai crescendo e ganhando volume - para não ganhar bolor, não existindo frigoríficos, colocava-se uma camada fina de azeite para proteger.

Sempre ouvi a minha mãe falar desse processo, no entanto as minhas memórias de infância já se prendem com ir à mercearia mais próxima comprar "25 ou 50 escudos" de fermento tanto para a minha avó como para a minha mãe.

Para quem quiser testar este tipo de massa aviso já que é necessária paciência: a massa tem um período de repouso mais longo, levando mais horas a ficar pronta. E com tempo mais frio, mais tempo leva! No entanto, como para o pão eu sou paciente, resolvi fazer o teste em casa.

O processo de obter a primeira massa lêveda é simples: fazer pão "normal", com fermento de compra. Reservar um pouco de massa (eu reservo pouca porque faço apenas 1kg ou 1,5kg de farinha de cada vez) - que caiba numa caixa com capacidade de 250ml - numa caixa com o dobro ou o triplo da capacidade, uma vez que a massa vai ganhar volume.
A massa pode ser guardada no frigorífico. No entanto, na véspera deverá ser colocada à temperatura ambiente para que seja "activada" - vai ganhar ainda mais volume. As massas que usei até agora ficam no frio 3 ou 4 dias (e sem qualquer adição de azeite).


A partir daqui é simples: a massa deverá colocar-se na tigela onde se pretende amassar, e ser diluída com água quente (150ml) (mas não em exagero, não deverá queimar as mãos) e farinha (100gr). No fim de bem diluída cobrir com o resto da farinha. (Para não me esquecer coloco logo o sal num cantinho - cerca de uma colher de sopa para 1kg de farinha).
Colocar a tigela, envolta num pano, num sítio abrigado durante hora e meia a duas horas. (Eu costumo ligar o forno um ou dois minutos, desligo, e depois coloco lá a tigela).

(A minha avó tinha sempre uma fogueira acesa e colocava o enorme alguidar junto da lareira para que levedasse mais rapidamente.)

Passado esse tempo a farinha vai apresentar uma ou mais "rachas" - quer dizer que o fermento está activo e cresceu. Está pronto para se preparar a massa.

Eu gosto de juntar azeite à massa de pão - juntei, para 1kg de farinha, 50ml de azeite.

Amassar, juntando água quente aos poucos. Esta massa, tal como era feita pela minha avó e pela minha mãe, deverá ficar bastante húmida. A massa vai ficar bastante húmida, pega-se muito às mãos, mas à medida que se amassa (já depois de juntar toda a água) vai secando um pouco e tende a formar uma bola que tende a despegar ligeiramente das bordas da tigela. Está boa quando se "puxam as abas" e a massa não quebra.

Para 1kg de farinha usei cerca de 600ml de água.

No fim da massa pronta polvilhar generosamente com farinha.

Voltar a levar a massa para um sítio abrigado (volto a repetir o processo do forno) e aguardar, desta feita algumas horas - 3 ou 4, até que a farinha se apresente novamente rachada (sinal que a massa levedou e cresceu). A massa está agora pronta para tender.
Não esquecer de reservar um pouco de massa numa caixa para a próxima vez!!

Eu gosto de fazer o pão em formas de bolo inglês, que forro com papel vegetal, pois assim fico com pão que facilmente se corta em fatias para torradas. É também um formato melhor para congelar, se assim o quiser.

O forno deverá ser pré-aquecido, bem quente, pelo menos durante 20 minutos. (O pão fica nas formas e continua a levedar). Pode golpear-se a massa para controlar onde o pão racha ao assar.

Retirar o pão quando estiver bem dourado. Para estar bom deverá fazer um som oco ao bater no fundo.

(Só pesei o pão maior: tinha quase 1300gr)

Atenção: este pão é muito diferente do que se compra em padaria - é um pão muito mais denso e pesado, que satisfaz muito mais apenas com uma fatia. A côdea é também diferente, bem como o aroma do pão.
O sabor do pão sem o fermento industrial é bastante apelativo. Acabado de fazer é absolutamente delicioso com uma côdea bem estaladiça!

O processo é demorado, mas vale bem a pena!

Vai uma fatia de pão quentinho com manteiga?

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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Bolo com Doce de Ovos

Como tinha alguns ovos para gastar fui pesquisar receitas novas e optei por um doce - afinal temos as melhores receitas com ovos do mundo graças aos belíssimos doces conventuais que ficaram na nossa gastronomia.
Parei no fabuloso Coco e Baunilha e optei por adaptar a receita de Bolo de ovos moles. Fiz apenas um tipo de ovos moles, e apenas recheei o bolo, deixando a cobertura mais simples, polvilhando com açúcar em pó. Acrescentei também o aroma da canela, que acho que liga muito bem com ovos, e a baunilha para o bolo.
Como a minha forma era larga e o bolo ficou um pouco baixo para três camadas optei por cortar apenas ao meio. Também fiz diferente a receita de ovos moles pobres, adaptando à que costumo fazer.

Bolo com Doce de Ovos

Ingredientes:

Para o bolo:
  • 5 ovos
  • 200gr açúcar
  • 130gr farinha
  • 1 colher de chá de fermento em pó
  • 1 colher (café) aroma de baunilha
Para os ovos moles pobres:
  • 8 colheres sopa de açúcar 
  • 16 colheres de sopa de água
  • 4 ovos batidos e passados pelo coador
Para finalizar:
  • canela e açúcar em pó q.b.

Preparação:

Para o bolo, bater os ovos com o açúcar durante 6 a 8 minutos, até que fique uma massa bem fofa e volumosa. Acrescentar a farinha e o fermento peneirados e envolver cuidadosamente com um batedor de varas.
Colocar a massa numa forma redonda.
Nota: forrei o fundo da forma com papel vegetal, que untei e polvilhei. Os lados da forma foram apenas untados e polvilhados, não forrei.
No fim de vertida a massa bater a forma na bancada pelo menos 3 vezes para que as bolhas de ar maiores saiam. Levar a forno médio até que fique douradinho (e passe no teste do palito).
Deixar arrefecer ligeiramente antes de desenformar.
No fim de frio cortar a meio.


Para os ovos moles pobres levar um tachinho ao fogão com a água e o açúcar até que forme muitas bolhas à superfície e ao tirar a calda com uma colher ela corra em fio (começa a engrossar, mas ainda se apresenta bastante líquida). Retirar do lume e colocar uma ou duas colheres desta calda nos ovos bem batidos e coados. Mexer muito bem para que não talhem e de seguida verter os ovos, em fio, para o tachinho com a restante calda. Voltar a mexer novamente e voltar a levar ao fogão, em lume baixo, mexendo sempre até engrossar. Retirar do lume, passar para uma tigela, e deixar arrefecer.


Para finalizar o bolo, verter o creme de ovos na metade da base, polvilhar com canela a gosto. Colocar a outra metade do bolo.
Finalizar polvilhando o bolo com açúcar em pó.

Fica um bolo muito fofo, recomendo!


Vai uma fatia?

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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Bolachas de aveia, mel e nozes

Por cá já existem muitas receitas de bolachas de aveia, mas nós adoramos... E como é difícil repetir uma receita, porque vou sempre adaptando às disponibilidades da despensa, partilho mais umas com um bom resultado!
Bolachas de aveia, mel e nozes

Ingredientes:
 3/4 chav açúcar amarelo
2 colheres (sopa) mel
1 chav margarina (em cubos)
1 colher (chá) aroma baunilha

2,5 chav aveia
1 chav farinha
1/2 cháv sementes girassol
1 cháv nozes
canela a gosto
1 colher (chá) sal
1 colher (chá) bicarbonato de sódio
Nota: chávena com capacidade de 250ml
Preparação:

Colocar num tachinho o açúcar, o mel, a margarina e a baunilha e levar ao fogão em lume brando até que todos os ingredientes se misturem uniformemente. Não é preciso deixar ferver, assim que tudo estiver derretido desligar.

Os restantes ingredientes (aveia, farinha, nozes, etc) devem ser misturados numa tigela. Juntar depois o preparado de açúcar, mel e margarina (podem substituir por óleo de girassol, se assim o preferirem) e mexer bem até que todos os ingredientes estejam bem misturados.

Com a ajuda de uma colher, ou com as mãos, formar bolachas com o formato e tamanho desejado. Levar ao forno até que as bases fiquem douradas. Atenção: não deixar secar as bolachas, devem retirar-se ainda ligeiramente moles no centro, senão ao arrefecer ficam demasiado duras.

Esta receita rendeu 17 bolachas grandes.
Vai uma bolachinha?
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sábado, 9 de novembro de 2013

"Pork Belly and crackling", finalmente!

Finalmente uma receita de "pork belly" com o "crackling" :)
OK, numa versão mais portuguesa, barriga de porco com pele estaladiça, tipo torresmo. A receita já andava a "marinar" na minha mente há muito tempo (culpa do Masterchef Australia), e quando finalmente comprei um pedaço de barriga de porco não pude resistir! Consultei várias receitas online, e acabei por dar um tempero mais parecido aos assados portugueses.

Já tinha testado a receita antes, mas não havia máquina fotográfica disponível. Mas ainda bem porque esta segunda experiência correu ainda melhor, ficou ainda mais saboroso!

Os tempos que indico na receita não serão para seguir à risca porque o meu forno não tem termostato, e não posso por isso indicar com exactidão temperaturas e tempos associados.

Esta receita fez-me também perceber que por muito que goste de receitas vegetarianas não poderei nunca abandonar o consumo de carne!

Não vou indicar quantidades de ingredientes, fiz tudo sem pesar, " a olho".


"Pork Belly with crackling"

Ingredientes:
  • um pedaço de barriga de porco (à temperatura ambiente)
  • alecrim fresco
  • sal
  • pimenta preta, moída na hora
  • dentes de alho picados
  • azeite
Acompanhamento:
  • batatas em "cubos"
  • cenouras em "cubos"
  • cebola em "cubos"
  • dentes de alho com a pele
  • louro
  • alecrim, sal e pimenta
  • azeite q.b.
Preparação:

Em primeiro lugar pré-aquecer o forno em temperatura bem alta.
Pegar no pedaço de barriga de porco e fazer cortes na pele /courato até quase atingir a carne. Os cortes não devem ser muito espaçados. Usar uma faca o mais afiada possível, e ter a peça de carne bem limpa e seca.
Colocar as folhas de alecrim (fresco) ligeiramente picadas, o sal, a pimenta, os dentes de alho picados e um pouco de azeite num almofariz e mexer bem até se transformar numa pasta. (Se o alecrim não for bem picado ficarão pequenos pedaços, mas não há problema.)
Barrar a carne, já com os golpes, com a pasta de temperos. Enfiar a pasta nos pequenos cortes e não esquecer de barrar toda a peça.
Colocar a peça de carne temperada numa grelha, colocada num tabuleiro. (O tabuleiro deve ser fundo o suficiente para mais tarde colocar lá o acompanhamento.)
Levar a carne ao forno bem quente durante cerca de 40 minutos, até a pele começar a formar algumas bolhas.
1 - pedaço de carne devidamente cortado e já barrado com a pasta de temperos/ 2 - Quando se acrescenta o acompanhamento / 3 - a carne pronta, a descansar

Preparar, entretanto, o acompanhamento. As batatas devem ser cortadas em cubos, assim como as cenouras e a cebola. Os dentes de alho (recomendo usar bastantes) devem ir com a pele - ficam com um sabor completamente diferente, mais adocicado, assados com a pele. Temperar com louro, alecrim picado, sal e pimenta a gosto. Acrescentar também um fio de azeite e envolver.

Passado este tempo (os cerca de 40 minutos) reduzir a temperatura para forno médio e colocar o acompanhamento dentro do tabuleiro, que tem já alguma gordura que derreteu da carne. As batatas poderão demorar cerca de 45, 50 minutos a cozinhar. Vigiar de vez em quando, para que não peguem, e mexer. Assim que as batatas estiverem macias retirar do tabuleiro e reservar.
Nesta altura, com o acompanhamento fora do forno, subir novamente a temperatura do forno para terminar a carne. Poderá demorar mais 30 a 40 minutos, a pele deverá ficar tostada e com algumas bolhas e dura ao toque.
Retirar a carne e deixar repousar alguns minutos e só depois cortar para servir. (poderá aproveitar-se o calor do forno para reaquecer um pouco as batatas)
As fotos não fazem justiça ao sabor do prato, que é absolutamente delicioso! Um "estrago" que não se deve repetir muitas vezes, é uma bomba cheia de coisas que fazem mal - mas sabem tão, mas tão bem! Pelo menos uma vez há que testar!

Vai uma garfada?

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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Chegou o meu livro de receitas!

Quem, aqui pela blogosfera, conhece o site Receitas sem Fronteiras sabe que decorreu uma promoção em que, tendo receitas publicadas no site, poderíamos solicitar a impressão de um livro.

Com vários formatos disponíveis optei pela versão maior, que permitia um maior número de páginas e receitas.
O livro tem um papel de excelente qualidade, é grande - ligeiramente maior do que A4 - e de argolas, o que facilita o manuseamento se o pretender ter aberto para consultar a receita.

Tem quase 100 páginas, incluindo 75 receitas de sobremesas. Optei por usar apenas fotos minhas, incluindo na capa. (No site davam a possibilidade de usar imagens genéricas para capa e contra capa, mas com as nossas é ainda mais pessoal!)
Ok, não sou uma autora publicada com livros à venda (nem tenho aspirações de tal ordem, diga-se!) mas esta versão impressa das minhas receitas é como um presente de Natal antecipado! Gostei imenso!
Aproveito para agradecer à equipa do Receitas sem Fronteiras todo o apoio que me foi prestado durante a fase de criação do livro!